Hoje, Dia Internacional da Visibilidade Lésbica, celebramo-nos e lutamos por existências mais plenas para todas as mulheres, cis e trans, e pessoas não-binárias que se identificam no espetro desta orientação sexual, sejam bissexuais, pansexuais, queer ou sáficas.
É, em primeiro lugar por essa plenitude de existência, sem medo, sem pudor, sem vergonha, sem ameaças, sem opressão, sem ansiedade, que celebramos este dia. Esconder uma orientação sexual e/ou amorosa não-heteronormativa é ainda uma realidade para muitas pessoas, sendo as vivências lésbicas ainda muitas vezes olhadas de lado, omitidas, oprimidas, isoladas. Com consequências graves para o nosso bem-estar físico, mental, emocional, social.
Por isso, este dia traz-nos uma vez mais a alegria, o reconhecimento, a luta, a mudança e a visibilidade que precisamos e exigimos. Queremos ser vistas para que outras se vejam, para que mais lésbicas sintam pertença e não exclusão, para que a comunidade cresça e o isolamento acabe.
Como parte fundamental das nossas vidas, a nossa orientação sexual deve ser vivida de forma visível, livre e plenamente.
Somos reais em toda a nossa diversidade. Queremos muito mais que estereótipos e fantasias, queremos uma sociedade segura e não pequenos espaços seguros que podem ser invadidos e violentados. Queremos ruas, cidades, trabalhos, que acolham e saúdem verdadeiramente toda a diversidade. Queremos instituições que ativamente combatam a discriminação. Queremos uma legislação e uma justiça que reconheçam a especificidade da violência e agressões de que somos alvo e que as travem. Queremos saúde em todas as suas ramificações e implicações. Queremos o nosso direito inalienável à família que escolhemos. Queremos ocupar o espaço sem medo. Queremos prosperar agora e não depois.
Lésbicas e visíveis. Hoje, todos os dias, sempre.