Evento

Conversa – Quem Sobreviverá ao Papel (imposto)?

4 Out 2025 - Conversas, Tertúlias e Debates

Conversa – Quem Sobreviverá ao Papel (imposto)?
Adolescências, Género e Psicodrama num mundo em transição.

Sábado, dia 4 de outubro, entre as 10h00 e as 13h00 será a próxima Tertúlia Psicodramática da Sociedade Portuguesa de Psicodrama no Centro LGBTI+.

A moderadora será a Mariana Fontoura, e as pessoas convidadas são Ana Teresa Prata e Lucas Sampaio. A organização é de Rita Barros e Nuno Amarante.

A entrada é livre, mas os lugares são limitados, por isso é necessário reservar o lugar.

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O que são as Tertúlias Psicodramáticas?

As Tertúlias Psicodramáticas são encontros organizados pela Sociedade Portuguesa de Psicodrama onde o ponto de partida é a leitura de palavras do criador do Psicodrama: Jacob Levy Moreno. A partir das palavras de Moreno serão explorados temas ligados direta e indiretamente ao Psicodrama e Sociodrama. São abertas a todas as pessoas que tenham curiosidade em saber mais sobre este método psicoterapêutico e de intervenção social.

As Tertúlias são para quem?

São abertas à comunidade! Qualquer pessoa interessada por vir a uma tertúlia. É uma boa oportunidade, para quem tem curiosidade, em descobrir mais sobre este método e conhecer pessoas sócias da SPP.

Sobre o que é esta Tertúlia?

Que adolescentes sobreviverão (saudáveis) aos papéis que assumem – ou recusam – ao longo do seu desenvolvimento? Num tempo, num espaço (e num corpo) em constante mudança, em que os papéis sociais e de identidade se revelam cada vez mais fluídos – e por vezes, mais impostos -, exploraremos como o Psicodrama (e o Sociodrama) pode criar um espaço de expressão, transformação e afirmação nas experiências de género durante o Adolescer.

Quem são as pessoas convidadas para esta Tertúlia?

Ana Teresa Prata (ela/dela)

Psiquiatra da Infância e da Adolescência e pós-graduada em Neurodesenvolvimento em Pediatria. Co-autora das recomendações sobre a intervenção em diversidade de género em crianças e adolescentes, da Ordem dos Médicos. Organizou, enquanto presidente da ANIPIA (Associação Nacional de Internos de Psiquiatria da Infância e da Adolescência), as formações “Questões LGBT em Pedopsiquiatria”, que obtiveram o prémio de Excelência 2018 da EFPT (European Federation of Psychiatric Trainees). Foi responsável pela criação de consultas específicas para crianças e jovens com diversidade de género em diferentes hospitais do SNS.

Lucas Sampaio (ele/dele)

Pessoa Trans.
Psicólogo clínico. Trabalha sobretudo a nível individual na sua clínica privada e, pontualmente, com grupos.
Formado e focado na intervenção com a comunidade LGBTQIA+ e em estados expandidos de consciência.
Tem sido ativista pelos direitos das pessoas LGBTQIA+, participando em diversas associações e movimentos. Atualmente é psicólogo associado da ILGA Portugal.

Quem é a pessoa que irá moderar esta Tertúlia?

Mariana Fontoura (ela/dela)

Sócia didacta da Sociedade Portuguesa de Psicodrama.
Psicóloga clínica e psicoterapeuta, com percurso feito entre um serviço público de saúde mental da infância e adolescência e atualmente apenas em prática privada.
“Pela Saúde Mental na Adolescência” foi o título da sua tese de mestrado.
Dirige desde 2010 grupos de psicodrama para adolescentes, e atualmente um grupo LGBTQIA+.

Quem são as pessoas que organizam esta Tertúlia?

Rita Barros (ela/dela)

Psicóloga Clínica formada no Ispa-IU e Psicodramatista pela Sociedade Portuguesa de Psicodrama. É docente no Ispa-IU, psicóloga clínica e psicoterapeuta em prática privada e no Serviço de Apoio Psicológico da ILGA. Tem desenvolvido projectos de investigação e intervenção em que o Teatro Playback é usado como metodologia para a promoção do bem-estar e enquanto veículo de sensibilização e valorização da diversidade humana.

Nuno Amarante (ele/dele)

Nuno Amarante é psicólogo clínico formado no Ispa e psicodramatista pela SPP. É docente no Ispa, psicólogo e psicodramatista em clínica privada e no Serviço de Apoio Psicológico da ILGA. Faz também parte da Direção da SPP e da Direção da Associação Ibérica de Teatro Playback. Tenta que a sua prática clínica seja LGBTIQA+ afirmativa, transfeminista e antiracista, numa perspetiva interseccional.

O que é o Psicodrama?

O Psicodrama (psyche = mente; drama = ação) foi criado no início do século XX em Viena (Áustria) por Jacob Levy Moreno. A inspiração foi o chamado ‘teatro de espontaneidade’ em que atores/atrizes representavam em palco eventos do quotidiano ou notícias da imprensa sem um texto prévio. Moreno descobriu que a representação de uma personagem tem reflexos na própria experiência do indivíduo, como mostrou no relato do caso Jorge e Bárbara, um primeiro modelo de terapia de casal.

Através do método psicodramático podem tratar-se situações clínicas individuais (psicoterapia de grupo) ou conflitos de grupo (sociodrama). As sessões seguem o procedimento em três etapas: aquecimento, dramatização e comentários. Os seus instrumentos são: o palco, o protagonista, o diretor, os egos auxiliares e o auditório.

Além do Psicodrama, Moreno é considerado o criador da Psicoterapia de Grupo e da Sociometria (método de investigação das ligações dentro de um grupo). Em Portugal o Psicodrama tem sido difundido pela Sociedade Portuguesa de Psicodrama, associação fundada em 1986. Descobre mais no website da Sociedade Portuguesa de Psicodrama.