No dia 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, marchamos às 18h pelo fim da violência contra todas as mulheres.
Junta-te ao bloco da ILGA Portugal e vem marchar pelos direitos e pelo fim da violência contra todas as mulheres!
Iremos dinamizar uma oficina de cartazes no Centro Comunitário. Participa!
Programa 25 de novembro
- 16h às 17h30 – oficina de cartazes no Centro LGBTI+
- 17h30 – partida do Centro LGBTI+ para irmos em conjunto até ao Intendente
- 18h00 – inicio da Marcha no Largo do Intendente (Lisboa) e marchamos até ao Rossio
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Manifesto 2022
MULHERES, VIDA, LIBERDADE!
Marcha pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Em diferentes pontos do mundo as mulheres lutam pelo fim da violência machista. Do Irão chegam-nos as poderosas palavras de ordem curdas Mulher, Vida, Liberdade. O assassinato de Mahsa Amini acendeu os protestos nas ruas contra a violência do Estado teocrático. Em vários países, como também é o caso do Afeganistão, as mulheres, as pessoas LGBTI+ e as minorias étnicas pedem que o mundo não se cale sobre a sua resistência frente à opressão. Esta luta pelo direito ao corpo, à integridade física e psicológica não se limita a uma região do globo, nem segue a mesma linha temporal. Na Polónia e nos Estados Unidos da América, as mulheres enfrentam o retrocesso no direito ao aborto. Na Índia, no Benim e na Argentina foram alcançados avanços, com diferentes graus, no direito das mulheres a decidirem sobre o seu corpo e a sua reprodução. Estamos juntas para que nenhuma fique para trás!
Em Portugal os alarmes tocaram recentemente quando um juiz machista se tornou candidato ao Tribunal Constitucional. E o movimento feminista manifestou-se, não podíamos ficar indiferentes. Na luta contra a violência patriarcal nenhum direito está a salvo de retrocessos. Na marcha pela nossa vida e pela nossa liberdade reafirmamos e defendemos direitos conquistados, e lutamos por causas que estão para lá das conquistas legais. Continuamos a ter machismo, homofobia e transfobia dentro e fora de casa, nas ruas, nas escolas, nos serviços públicos e no trabalho. Somos iguais na letra da lei, mas continuamos a ter sentenças machistas nos tribunais, desproteção no parto, assédio no desporto, na escola e no trabalho. Estas violências multiplicam-se no desrespeito pela vida e autodeterminação das mulheres racializadas, das mulheres trans, das mulheres pobres, das trabalhadoras do sexo, das mulheres com deficiência, das mulheres estrangeiras, das mulheres lésbicas e bissexuais.
Temos todas as razões do mundo para sair às ruas e exigir em Portugal e em todo o mundo o nosso direito à Vida e à Liberdade. O machismo agride e mata. Falando apenas nos casos mais brutais, no ano passado, houve 374 denúncias por violação de mulheres em Portugal. É mais de uma mulher por dia, sem contar com os casos que ficam em silêncio. A violência doméstica por parte de companheiros e ex-companheiros continua a ser uma chaga social. Só no ano passado registaram-se mais de 26 mil mulheres vítimas de violência doméstica. E ainda o ano não terminou, e já temos notícia de mais de 20 mulheres assassinadas. Cada uma delas e cada uma de nós conta.
Saímos à rua por todas! Lutamos juntas!
Mulheres, Vida, Liberdade!
Organização da marcha:
- A Coletiva
- As Feministas.pt
- APDMGP – Associação pelos Direitos das Mulheres na Gravidez e no Parto
- ANIMAR
- Baque Mulher
- Casa do Brasil
- Clube Safo
- FEM – Feministas em Movimento
- GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos
- HeForShe ULisboa
- Igualdade.pt
- ILGA Portugal
- Insurgentes
- Manas
- Movimento contra o Assédio no Meio Académico de Lisboa
- Movimento dxs Trabalhadorxs do Sexo
- Núcleo Feminista FDUL
- Panteras Rosa
- Por Todas Nós
- QueerIST
- UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta