Notícia

Comunicado sobre a proibição dos eventos do Orgulho LGBTI+ na Hungria

É com preocupação que a ILGA Portugal vê o governo húngaro, liderado por Viktor Orbán, proibir eventos do Orgulho LGBTI+, alegando motivos de “proteção infantil”. Esta decisão é um declarado retrocesso nos direitos da comunidade LGBTI+ e na liberdade de expressão em plena União Europeia. A proibição não se limita a afetar a comunidade LGBTI+ húngara, mas representa um ataque à democracia, aos direitos humanos e à liberdade de reunião de toda a sua população.

A nova legislação torna qualquer Marcha e evento do Orgulho ilegais em território húngaro e permite que as autoridades possam recorrer ao reconhecimento facial para identificar e multar participantes nas mesmas. Espelho desta perseguição, a lei foi aprovada no Parlamento em apenas um dia, apesar da resistência dos partidos da oposição, e sem consulta pública.

A sugestão de que o evento se realizasse em “espaço fechado” é sinal da forma preconceituosa e discriminatória como o governo húngaro vê e trata a população LGBTI+ do país. O regresso ao armário e a vergonha não rimam com liberdade, democracia e, ainda menos, com Estado de direito. Não voltaremos a esconder quem somos!

A ILGA Portugal interpreta esta proibição como um ataque à democracia e aos direitos humanos, nomeadamente os das pessoas LGBTI+. É com espírito de resiliência e solidariedade combativa que apoiamos a organização do Budapest Pride, que, garante, marchará no dia 28 de junho, independentemente dos obstáculos: “Houve Orgulho, há Orgulho e haverá Orgulho!”