ILGA Portugal presente nas ações de sensibilização para a inclusão e diversidade como parte do 43º curso de novas pessoas inspetoras da Polícia Judiciária

A ILGA Portugal foi mais uma vez convidada a participar nas ações de sensibilização para a inclusão e diversidade como parte do 43º curso de novas pessoas inspetoras da Polícia Judiciária, concluído no passado dia 3 de fevereiro, momento em que passámos à mesa de encerramento ao lado de importantes entidades parceiras, como a APAV e a CIG. 

A nossa participação contou, no primeiro momento, com exercícios de abordagem, escuta e registo de casos complexos representados pela nossa equipa a partir de dois diferentes role plays, que combinaram realidades já muito conhecidas dos nossos serviços acerca de práticas passíveis de criminalização, dado a sua motivação odiosa. 

Com o objetivo de despertar as novas pessoas profissionais para a melhor perceção do ódio na sociedade e as suas sanções dentro do ordenamento jurídico, buscou-se também explorar os possíveis incidentes discriminatórios pela inobservância do respeito às identidades de género e orientações sexuais dissidentes e pela não utilização da linguagem inclusiva e sensível.

Esta é mais uma forma de colaboração da ILGA Portugal entre as várias que tem vindo a disponibilizar para a melhoria das forças de segurança do país, com a certeza de que só capacitadas para as questões de inclusão e diversidade poderão criar ambientes mais seguros para todas as pessoas, inclusivamente para as próprias pessoas trabalhadoras nos mais diferentes tipos de ambiente de trabalho. 

É fundamental que as nossas forças de segurança reconheçam o seu duplo papel na proteção das pessoas LGBTI+ e todas as outras pessoas sub-representadas e marginalizadas. Se, por um lado, cumpre atuar na prevenção dos crimes discriminatórios, por outro, devem estar capacitadas para receber as denúncias mais específicas, contribuindo categoricamente para rompermos com a cultura do silêncio.

A ILGA Portugal reafirma a importância de iniciativas como esta e incentiva os serviços públicos a engajarem-se diariamente nesse sentido, a fim de que as boas práticas sejam replicadas por todas as forças que agem para um país mais seguro e igual a todas as pessoas.