Hoje começa a Semana da Visibilidade Lésbica, e celebramos todas as mulheres e pessoas não-binárias lésbicas que conquistaram e conquistam o seu espaço num mundo ainda homofóbico, lesbofóbico, heteronormativo, machista e sexista. Celebramos a diversidade da comunidade lésbica e a pluralidade das suas formas de estar, lutar, amar e ser visível.
Nesta semana, como em todas as outras, perguntamo-nos o que é exatamente ser visível. Que estratégias podemos usar, enquanto comunidade, para garantir que as pessoas lésbicas não são silenciadas, re-escritas ou estereotipadas. Quais as formas de luta e resistência que mais depressa nos trarão as soluções para os problemas que a comunidade enfrenta.
Também relembramos que esta luta é também a luta feminista – as mulheres e pessoas não-binárias lésbicas também enfrentam as barreiras da desigualdade e violência de género que conhecemos tão bem: salários abaixo da média e pouca progressão na carreira, trabalho não remunerado, risco de violência e assédio acrescido, acesso menos digno à educação, cuidados de saúde não-específicos, nomeadamente em matéria de saúde mental ou reprodutiva.
A ILGA Portugal reforça o seu empenho em continuar a luta para que a comunidade lésbica se sinta representada, legitimada, respeitada e digna todos os dias.
Há ainda muito por fazer, mas recordamos que só a nossa existência é já um ato de resistência e de ocupação do espaço que é nosso. Recordamos que a visibilidade pode ser encontrada em coisas tão simples quanto sabermos quem somos. Acima de tudo, recordamos que só descansaremos quando todas as pessoas da comunidade lésbica puderem viver livres, enquanto mulheres e pessoas não-binárias que amam outras pessoas lésbicas.